quarta-feira, 20 de abril de 2011

Massacre em Realengo/RJ.

Não estamos aqui para julgar ou fazer  apologia a assassino, mas será que se houvesse a inclusão deste rapaz o fim desta história não seria outro?

3 comentários:

  1. Bullying na escola: desenvolvendo fortalezas

    É preciso ajudar as vítimas típicas a descobrir suas próprias fortalezas e assim superar seu medo com bastante inteligência e equilíbrio. Ação cultural casando ação dramática, jogos educativos, dança, pintura, literatura, enfim, a multilinguagem compõe a didática inteligente e bem concertada (com c mesmo).
    Meu maior receio é que a sociedade fique saturada do tema bullying pelo sensacionalismo que cerca eventos dessa natureza na mídia. Não se pode abandonar escolas à sua própria sorte. Mais do que leis de proteção é o desenvolvimento de estratégias educativas realizadas nas escolas e pelo conjunto de educadores como ação formativa a favor da não-violência.

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  2. O perfil de ex-alunos como o de Wellington, da Escola Municipal Tasso da Silveira, de Realengo (RJ), que protagonizou no seu tempo de escola a "vítima típica" e fê-lo agravar problemas psicológicos. Era um garoto tímido, quieto demais, com tal conduta apartada sentia dificuldade de olhar nos olhos do Outro, acabava se auto-excluindo e sofrendo no íntimo. Seu único amigo de lá também sofria bullying. Os dois eram ridicularizados o tempo todo.
    Wellington planejou pouco a pouco, pormenor a pormenor, a sua vingança. Ficou claro que o alvo não eram os adultos da escola, professores ou funcionários, mas neste derradeiro tempo, focava alunos indefesos, transferindo-lhes toda fúria e raiva mal-resolvida. Essa carga destrutiva lhe consumia por dentro. Alucinações foram parte de sua energia retida e cancerígena. Wellington entrou nas mesmas salas que havia estudado, memória registrava ainda o mesmo turno e as mesmas séries. Os personagens é que eram outros. A obsessão lhe cegou. Alunos e alunas inocentes a ocupar cenário e as mesmas carteiras de seus antigos agressores ou provocadores.
    Sabemos que muitos passam pela escola sem potencializar patologia mental como a dele. Porém, o sentido de exclusão, de forma disfarçada e até silenciosa, ainda persiste a discriminar alunos ou alunas com necessidades educacionais especiais ou que a maioria julga diferente. Wellington foi alvo de muitos apelidos, além de tudo mancava de uma perna, achavam-no esquisito, diferente e frequentemente era expulso do lugar que sentava.
    O bullying se caracteriza por um conjunto de agressões que um aluno ou aluna sofre constantemente de um agressor ou grupo de colegas e da mesma turma, conforme a maioria das pesquisas e estudos. Entretanto, o bullying só acontece se o outro permitir, resolver silenciar a procurar ajuda de adultos ou colegas. Até porque perversamente os agressores visam afastar, aos poucos, toda possibilidade de amizade que o alvo de suas chacotas e agressões físicas ou simbólicas ainda mantenha com alguns poucos colegas.
    A forma de atuação da escola é fundamental neste contexto quando se entrecruzam preconceitos e informações desencontradas, fora opiniões de não-especialistas no assunto, com poucos parâmetros e argumentos fundados no conhecimento, a repassar opiniões ou conceitos insipientes. A escola precisa atuar de forma a promover projetos pedagógicos que fortaleçam alunos e alunas em suas relações interpessoais com mais responsabilidade (responsa-habilidade).
    A didática docente ajuda bastante a disseminar grupos fechados, criando sempre novas formas de trabalhar em equipe, misturando de forma inteligente e criativa o alunado de cada turma e, principalmente, observando se há algum aluno ou aluna que é excluído ou se auto-exclui do conjunto.
    O trabalho pedagógico deve ser bem mais cooperativo. A competição deve ser evitada ou orientada. Como os "perdedores" são vistos pelos outros colegas? Como os valores - respeito e solidariedade por exemplo - são estimulados nas turmas?
    Com toda a informação disponível na mídia e muitas orientações importantes vão nos ajudar a desenvolver estratégias pedagógicas que humanizem mais as relações interpessoais de toda e qualquer escola. Não basta boa vontade é preciso leituras, questionamentos, ação reconstrutiva, pesquisa e cooperação de todos aqueles que movimentam saberes escolares e as interações com a Vida.
    Trechos do texto retirado do original de: http://rociorodi.blogspot.com/2011/04/bullying-na-escola-conhecimento-e.html

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  3. Bom dia Tamyres, achei muito pertinente seu comentário e concordo com você, além de achar que precisamos filtrar o que a mídia nos mostra e quer que acreditemos, pois ela é um veículo muito importante e deve ser usado para a construção do indivíduo conhecedor de seus direitos e deveres.

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